21 July 2010


Visita-me enquanto não envelheço
toma estas palavras cheias de medo
e surpreende-me com teu rosto
a paixão derrama-se quando tua ausência

se prende às veias prontas
a esvaziarem-se do rubro ouro
perco-te no sono das marítimas paisagens
estas feridas de barro e quartzo
os olhos escancarados para a infindável água
vem com teu sabor de açúcar
queimado em redor da noite
sonhar perto do coração que não sabe como
tocar-te

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